quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Cartilhas para orientar produção de caprinos e ovinos

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lançou um novo conjunto de cartilhas destinado a orientar aspectos considerados relevantes para a produção de caprinos e ovinos no Brasil. O material, disponível para acesso e download gratuito (veja links ao final da matéria), traz recomendações sobre controle de verminose, forrageiras para alimentação dos rebanhos, compostagem de resíduos e terminação de cordeiros.


Controle de verminose em caprinos e ovinos é um guia prático que ajuda a identificar os principais sintomas de contaminação por parasitoses e a aplicar o controle integrado recomendado pelaEmbrapa. A cartilha traz recomendações sobre a seleção de animais para tratamento, aplicação correta dos vermífugos e cuidados importantes com instalações e manejo, para reduzir a verminose e outros problemas sanitários nos rebanhos.
A cartilha Opções e estabelecimento de plantas forrageiras cultivadas para o semiárido brasileiro aborda informações para formação de pasto e capineira, com recomendações para o preparo das áreas e plantio. A obra traz indicações para a escolha de forrageiras adequadas e fala sobre aspectos práticos do manejo de pastagens e capineiras, como adubação, corte, feno e silagem.
Um destino ambientalmente adequado para as carcaças de animais mortos e outros resíduos orgânicos da produção é o ponto central da cartilha Compostagem de resíduos de produção e abate de pequenos ruminantes. Nela, produtores rurais, agroindústrias, frigoríficos e abatedouros, podem ter informações sobre a técnica que permite aproveitar os resíduos para a formação de um composto que pode servir como fertilizante orgânico.
Já Produção de Ovinos de Corte: Terminação de Cordeiros no Semiárido trata dos sistemas de terminação (engorda) em confinamento e em pastagem, com recomendações para o manejo dos animais voltados para produção de carne. Entre elas, os cuidados com identificação dos animais, fornecimento de rações, vacinação, vermifugação, acompanhamento dos índices zootécnicos e dos custos de produção.
As cartilhas são uma iniciativa do programa Rota do Cordeiro, desenvolvido pela Embrapa em parceria com o Ministério da Integração Nacional (MI), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e parceiros locais no semiárido brasileiro.
O programa tem como objetivo promover o desenvolvimento de regiões tradicionalmente produtoras de caprinos e ovinos, estimulando a produção agropecuária e suas potenciais interfaces com turismo, gastronomia e outras atividades. Cópias do material serão distribuídas aos técnicos e produtores rurais integrantes do programa, que já atua no Ceará e Piauí.
Para baixar as cartilhas (clique nos títulos):

Ano Internacional dos Solos

A ONU declarou 2015 como o Ano Internacional dos Solos. Indispensável à vida na Terra, o solo é fundamental para a produção de alimentos e também está intimamente ligado às questões climáticas. Veja abaixo uma seleção de publicações sobre este tema.

Gado de Leite

Informações retiradas de: https://www.embrapa.br/publicacoes

Construção do Cordão de Pedra

Para a construção de cordões de pedra em contorno ou em nível, é necessário levar em conta as orientações contidas no item 1, desta cartilha, e proceder da seguinte forma:

. Passo: risque o terreno acompanhando a linha de nível;
. Passo: com auxílio de um arado de tração animal ou manualmente, cavam-se valas com ajuda de picaretas e enxadas, fazendo riscos nas linhas básicas anteriormente marcadas. As valas devem seguir a linha de nivelada até o final do terreno, retirando-se a terra de dentro e colocando na parte inferior do declive, formando um camalhão.
. Passo: para concluir a construção dos cordões, recobrem-se os camalhões com pedras grandes, médias e pequenas, formando uma muralha de 60 a 80 cm de altura. As áreas protegidas com cordões de pedra podem ser usadas, normalmente, para cultivo agrícola, tendo-se apenas o cuidado de fazer o plantio em nível, acompanhando os cordões, tomando-se o cuidando para não danifi cá-los. A construção é feita, normalmente, aproveitando-se as pedras que afl oram no próprio terreno. Os implementos, ferramentas e material utilizados na construção do cordão de pedra são: enxada, enxadão, pá, metro, pé-de-galinha, régua de madeira, picareta, piquetes, padiola para transporte de pedras e marreta. Os trabalhadores devem usar luvas, botas e óculos de proteção.

Cordões de Pedra em Contorno

Caracterização O cordão de pedra em contorno é uma prática conservacionista de natureza mecânica, geralmente aplicada ao ambiente da pequena propriedade, em áreas onde há difi culdade de uso da mecanização agrícola, tração motora ou animal, por consequência do relevo e que tenha certa disponibilidade de material, pedras, nas proximidades ou entorno da área, para utilização da prática. Os cordões de pedras em contorno segmentam o comprimento dos declives, fazem diminuir o volume e a velocidade das enxurradas, forçam a deposição de sedimentos, nas áreas onde são construídos, e formam patamares naturais. (SILVA; SILVA, 1997).
A aplicabilidade dessa prática é mais adequada nas áreas cujas unidades de solos apresentam pedregosidade superfi cial, como os neosolos litólicos e luvissolos crômicos, priorizando as áreas críticas da propriedade, e que haja disponibilidade de mão-de-obra. (OLIVEIRA, 2001).
É uma prática simples, cuja construção consiste na abertura de um canal, geralmente em nível, onde as pedras vão sendo empilhadas. (MACEDO; CAPECHE; MELO, 2009).

Determinação da declividade do terreno

Entende-se por declividade de um terreno a diferença de altura entre
um ponto e outro no mesmo sentido, ou seja, na direção de cima para
baixo. (SCHULTZ, 1978).
Portanto, ao se localizar o ponto mais alto do terreno, em linha reta,
parte-se em direção ao mais baixo, medindo-se sequencialmente a diferença
de altura entre os vários pontos do percurso até encontrar o ponto
mais baixo ou o que se deseja chegar. No fi nal, tem-se a altura total ou a
diferença de nível entre os pontos mais alto e o mais baixo.
A medida da declividade é importante, pois, a partir dela, se conhece
a distância correta entre as niveladas básicas.




















Exemplo:
Distância de 0 a 5 Î 20,0 metros.
Leituras diferença de altura:
0 a 1 = 25,0 cm;
1 a 2 = 23,0 cm;
2 a 3 = 28,0 cm;
3 a 4 = 24,0 cm;
4 a 5 = 16,0 cm.
Soma das alturas é igual a 116,0 cm ou 1,16 metros. Quer dizer, entre os pontos de 0 a 5, distantes de 20,0 metros, tem-se uma diferença de altura de 1,16 metros.
Logo, para se encontrar a declividade do terreno, em percentual, multiplica-se a altura encontrada por 100, dividendo-se em seguida pela distância entre os pontos, conforme fórmula abaixo:
D = h x 100/d    =>    D = 1,16 x 100/20 = 5,8%
Onde:
D => Declividade natural do terreno em %;
H  => Altura entre os pontos 0 e 5 em metros;
d  => Distância entre os em metros.

Informações retiradas de: http://www.labogef.iesa.ufg.br/labogef/arquivos/downloads/Cartilhavol4Praticasmanejoconservacaosoloagua_39993.pdf

Preparo do solo

Na impossibilidade de adoção do sistema plantio direto, a melhor opção para condicionar o solo para semeadura de cevada é o preparo mínimo, empregando implementos de escarificação do solo sem uso de gradagem complementar. Nesse caso, o objetivo é reduzir o número de operações e não a profundidade de trabalho dos implementos. As vantagens desse sistema são: aumento da rugosidade do terreno, preservação da superfície do solo com restos culturais, rendimento operacional de máquinas e menor consumo de combustível.

O preparo do solo visa a melhoria das condições físicas e químicas para garantir a brotação, o crescimento radicular e o estabelecimento da cultura.
Como a cultura da cana-de-açúcar é altamente mecanizada, prevê-se que mais de 30 operações ocorrem em um mesmo talhão ao longo de cinco anos. É inevitável que o solo esteja mais compactado ao longo dos anos do canavial. A reforma do canavial ocorre, em média, a cada cinco anos, mas, dependendo da produtividade do talhão, pode ser adiada para sete, oito ou mais anos.
O preparo do solo é, então, uma questão de máxima relevância, pois a próxima oportunidade dessa prática agrícola levará alguns anos. Ou seja, se for adotada alguma prática inadequada, os problemas resultantes permanecerão por um bom tempo. A alta produtividade e longevidade estão relacionadas com o sucesso no preparo do solo. 
Todas as etapas do preparo do solo são importantes. As práticas que visam a correção do solo como calagem, gessagem e fosfatagem, que propiciarão boas condições para o crescimento radicular, o controle de plantas daninhas, as operações de sulcação-adubação, o preparo da muda, entre outros, colaboram para o sucesso do plantio, do estabelecimento e da produtividade da cultura. 
Por outro lado, sabe-se que as operações agrícolas que promovem o revolvimento da terra elevam muito a oxigenação do solo, aumentando, também, a atividade microbiana, com conseqüentes perdas de carbono para a atmosfera, contribuindo com o aquecimento global e com a perda de matéria orgânica do solo.
Nesse sentido, as técnicas de plantio direto e cultivo mínimo, quando possíveis e indicadas, aumentam a contribuição da cultura da cana-de-açúcar na questão ambiental, por reduzirem perdas de carbono para a atmosfera, fazendo com que o carbono que foi "drenado" da atmosfera pela cana, durante a fotossíntese, fique estocado no compartimento do solo. Tais técnicas contribuem, também, para aumentar esse estoque, a não queimada das folhas de cana antes da colheita e a manutenção da palhada no campo.
O preparo do solo visa atenuar ou eliminar os seguintes fatores: 
  • físicos: compactação, adensamento e encharcamento;
  • químicos: baixo teor de nutrientes, elevados teores de alumínio (Al), manganês (Mn) e sais de sódio (Na);
  • biológicos: nematóides, cupins, entre outros.
Durante o preparo do solo deve-se atentar para a conservação do solo, prevendo a execução de terraços e medidas que evitem as perdas de solo por erosão e escorrimento superficial de água. O preparo visa, também, contribuir com o controle de plantas daninhas e de algumas pragas de solo.
A escolha do sistema de preparo dependerá do adequado diagnóstico dos fatores limitantes ao desenvolvimento radicular.
Dependendo das condições de talhão, pode-se optar pelo sistema convencional de preparo do solo, pelo cultivo mínimo ou pelo plantio direto, composto por operações de aração e gradagem com subsolagem, se necessário.
Monitoramento agroclimático
Para o preparo do solo é necessário que haja clima favorável para evitar a compactação pelas rodas dos tratores, por exemplo. O Sistema Agritempo (http://www.agritempo.gov.br/) fornece informações necessárias à programação da data de preparo do solo, tomando por base os dados de precipitação e da capacidade de campo. Clique na Figura 1 para acessar as informações sobre a melhor data de preparo do solo para o Estado de seu interesse.

Condições do solo favoráveis ao preparo para o plantio.
Informações retiradas do site:http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cevada/arvore/CONT000fyt3g3m302wx5ok0vcihk68d44jsu.html
e
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/arvore/CONTAG01_20_711200516716.html

Mulching Vertical

A segmentação de declives por terraços, cordões vegetados, culturas em faixas, faixas de retenção, taipas de pedra etc., constitui tecnologia tradicional para amenizar problemas de erosão hídrica. A prática conservacionista mulching vertical foi desenvolvida para lavouras conduzidas sob sistema plantio direto em solos profundos da região de clima subtropical úmido do Brasil.
Essa prática conservacionista é fundamentada no aumento da taxa de infiltração de água no solo e na consequente redução da enxurrada. É constituída por sulcos, locados e construídos em nível, com 7,5 a 9,5 cm de largura e 40 cm de profundidade, preenchidos com resíduos vegetais. O afastamento horizontal entre esses sulcos, embora calculado com base na taxa de infiltração de água no solo e no sulco e na máxima chuva esperada para um determinado período de retorno, na prática situa-se em torno de 10 m.
Em razão da reduzida largura do sulco, o mulching vertical não interfere nas operações motomecanizadas requeridas para a condução da lavoura.

Terraceamento

Terraços são estruturas hidráulicas conservacionistas, compostas por um camalhão e um canal, construídas transversalmente ao plano de declive do terreno. Essas estruturas constituem barreiras ao livre fluxo da enxurrada, disciplinando-a mediante infiltração no canal do terraço (terraços de absorção) ou condução para fora da lavoura (terraços de drenagem). O objetivo fundamental do terraceamento é reduzir riscos de erosão hídrica e proteger mananciais (rios, lagos, represas...).
A determinação do espaçamento entre terraços está intimamente vinculada ao tipo de solo, à declividade do terreno, ao regime pluvial, ao manejo de solo e de culturas e à modalidade de exploração agrícola.
Experiências têm demonstrado que o critério comprimento crítico do declive nem sempre é adequado para o estabelecimento do espaçamento entre terraços. Isso se justifica pelo fato de que a secção máxima do canal do terraço de base larga, técnica e economicamente viável, é de aproximadamente 1,5 m2, área que poderá mostrar-se insuficiente para o fim proposto quando o comprimento do declive for demasiadamente longo. Do exposto, infere-se que a falha de resíduos culturais na superfície do solo constitui apenas indicador prático para constatar presença de erosão hídrica e identificar necessidade de implementação de prática conservacionista complementar à cobertura do solo. Por sua vez, o dimensionamento da prática conservacionista a ser estabelecida demanda o emprego de método específico.

Manejo de enxurrada em sistema plantio direto

A cobertura permanente do solo e a consolidação e estabilização da sua estrutura, otimizadas no sistema plantio direto, têm sido, em determinadas situações, insuficientes para disciplinar os fluxos de matéria e de energia gerados pelo ciclo hidrológico, em escala de lavoura ou no âmbito da microbacia hidrográfica.
Embora no sistema plantio direto a cobertura de solo exerça função primordial na dissipação da energia erosiva da chuva, há limites críticos de comprimento do declive em que essa eficiência é superada e, consequentemente, o processo de erosão hídrica estabelecido. Assim, mantendo-se constantes todos os fatores responsáveis pelo desencadeamento da erosão hídrica e incrementando-se apenas o comprimento do declive, tanto a quantidade quanto a velocidade da enxurrada produzida por determinada chuva irão aumentar e, em decorrência, elevar o risco de erosão hídrica.
A cobertura de solo apresenta potencial para dissipar em até 100% a energia erosiva das gotas de chuva, mas não manifesta essa mesma eficiência para dissipar a energia erosiva da enxurrada. A partir de determinado comprimento de declive, o potencial da cobertura de solo em dissipar a energia erosiva da enxurrada é superado, permitindo a flutuação e o transporte de restos culturais, bem como o processo erosivo sob a cobertura. Nesse contexto, toda prática conservacionista capaz de manter o comprimento do declive dentro de limites que mantenham a eficiência da cobertura de solo na dissipação da energia erosiva da enxurrada contribuirá, automaticamente, para minimizar o processo de erosão hídrica. Semeadura em contorno, terraços, cordões vegetados, culturas em faixas, faixas de retenção, taipas de pedra, canais divergentes, “mulching vertical” entre outras técnicas, constituem práticas conservacionistas eficientes para a segmentação do comprimento do declive e, associadas à cobertura de solo, comprovadamente, contribuem para o efetivo controle da erosão hídrica. Portanto, para o controle integral da erosão hídrica, é fundamental dissipar a energia erosiva do impacto das gotas de chuva e a energia erosiva da enxurrada, mediante a manutenção do solo permanentemente coberto e a segmentação do comprimento do declive, respectivamente.
A tomada de decisão relativa à necessidade de implementação de práticas conservacionistas associadas à cobertura de solo pode fundamentar-se na observância do ponto de início de “falha dos resíduos culturais”, que são mantidos na superfície do solo, provocada pela enxurrada. A falha de resíduos indica o comprimento crítico do declive, ou seja, a máxima distância que a enxurrada pode percorrer sem desencadear deslocamento de palha e o processo de erosão hídrica. O comprimento crítico do declive, no entanto, nem sempre corresponde ao espaçamento horizontal entre terraços ou práticas conservacionistas equivalentes indicadas para a segmentação do comprimento do declive. O espaçamento entre essas estruturas hidráulicas depende da capacidade de descarga ou de armazenamento de enxurrada por estas obras. Assim, o dimensionamento de práticas conservacionistas dessa natureza, indubitavelmente, requerem assistência técnica.

Manejo de restos culturais

Os restos culturais das culturas que precedem a semeadura de cevada, devem ser distribuídos numa faixa equivalente à largura da plataforma de corte da colhedora, independentemente de os resíduos serem ou não triturados.

Descompactação do solo

Em solos compactados, verificam-se baixa taxa de infiltração de água, ocorrência frequente de enxurrada, raízes deformadas e/ou concentradas na camada superficial, estrutura degradada e elevada resistência às operações de preparo e de semeadura. Assim, sintomas de deficiência de água nas plantas podem ser evidenciados mesmo em situações de breve estiagem. Para a constatação e identificação da presença de camada compactada no solo, indica-se a abertura de pequenas trincheiras (0,30 x 0,30 x 0,50 m) e a observação do aspecto morfológico da estrutura do solo, a forma e a distribuição do sistema radicular das plantas e/ou a resistência do solo ao toque com instrumento pontiagudo. Esse procedimento permite identificar os limites, superior e inferior, da camada compactada. Normalmente, o limite superior da camada compactada situa-se a 0,05 m de profundidade e o limite inferior dificilmente ultrapassa a 0,20 m de profundidade.
Para descompactar o solo, indica-se usar implementos de escarificação equipados com hastes e ponteiras estreitas (não superiores a 0,08 m de largura), reguladas para operar imediatamente abaixo da camada compactada. O espaçamento entre hastes deve ser de 1,2 a 1,3 vez a profundidade de operação. A descompactação deve ser realizada em condições de solo friável. Em sequência imediata à operação de descompactação do solo é indicada a semeadura de culturas de elevada produção de biomassa e de abundante sistema radicular. Os efeitos benéficos dessa prática dependem do manejo adotado após a descompactação. Em geral, havendo intensa produção de biomassa em todas as safras agrícolas e controle do tráfego de máquinas na lavoura, a escarificação do solo não necessitará ser repetida.

Correção da acidez e da fertilidade do solo

Em solos ácidos e com baixos teores de fósforo (P) e de potássio (K), a aplicação e incorporação de calcário e de fertilizantes na camada de 0 a 0,20 m de profundidade é fundamental para viabilizar o sistema plantio direto nos primeiros anos, período em que a reestruturação do solo ainda não manifestou efeitos benéficos. Resultados de pesquisa obtidos nos últimos anos indicam que o sistema plantio direto pode também ser estabelecido e mantido mediante aplicação superficial de calcário, conforme indicado no item calagem no sistema plantio direto.

Calcareando
 Procedimento de calagem.
Informações retiradas do site: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cevada/arvore/CONT000fyt3g3m302wx5ok0vcihk68d44jsu.html

Sistematização da lavoura

Sulcos e depressões no terreno, decorrentes do processo erosivo, concentram enxurrada, provocam transtornos ao livre tráfego de máquinas na lavoura, promovem focos de infestação de plantas daninhas e constituem manchas de menor fertilidade de solo. Assim, por ocasião do estabelecimento do sistema plantio direto, recomenda-se a eliminação desses obstáculos, mediante sistematização do terreno com emprego de plainas, motoniveladoras ou mesmo escarificadores e grades. A execução dessa operação objetiva evitar a necessidade de mobilização de solo após a adoção do sistema plantio direto.

Sistema Plantio Direto

Sistemas de manejo de solo compatíveis com as características de clima, de planta e de solo da região Sul do Brasil são imprescindíveis para interromper o processo de degradação do solo e, consequentemente, manter a atividade agrícola competitiva. Nesse contexto, o plantio direto deve ser enfocado como um sistema de exploração agropecuária que envolve diversificação de espécies, via rotação de culturas, mobilização de solo apenas na linha/cova de semeadura e manutenção permanente da cobertura de solo. Fundamentada nesse conceito, a adoção do sistema plantio direto objetiva expressar o potencial genético das espécies cultivadas mediante a maximização do fator ambiente e do fator solo, sem, contudo, degradá-los.


Sistema plantio direto
Plantio em Sistema de plantio direto.

A consolidação do sistema plantio direto, entretanto, está essencialmente alicerçada na rotação de culturas orientada ao incremento de rentabilidade, à promoção de cobertura permanente de solo, à geração de benefícios fitossanitários e à manifestação da fertilidade integral do solo (aspectos físicos, químicos e biológicos). Desse modo, a integração de práticas como o abandono da mobilização de solo e a manutenção permanente da cobertura de solo à rotação de culturas, estruturada para minimizar o período de entressafra (processo colher semear), assegura a evolução paulatina da melhoria biológica, física e, inclusive, química do solo.

O sistema plantio direto constitui, atualmente, a modalidade de agricultura conservacionista de maior adoção no Sul do país. O estabelecimento e a manutenção desse sistema requerem a implementação de ações integradas, descritas a seguir.

Informações retiradas do site: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cevada/arvore/CONT000fyt3g3m302wx5ok0vcihk68d44jsu.html

Manejo e conservação de solo

O uso excessivo de arações e/ou gradagens superficiais e continuamente nas mesmas profundidades no processo de preparo de solo provoca a desestruturação da camada arável, transformando-a em duas camadas distintas: uma superficial pulverizada e outra sub superficial compactada. Essa transformação reduz a taxa de infiltração de água no solo e, consequentemente, incrementa a enxurrada e eleva os riscos de erosão hídrica do solo. Outrossim, prejudica o desenvolvimento radicular de plantas e afeta o potencial de produtividade do sistema agrícola. O preparo excessivo, associado à cobertura deficiente do solo, a chuvas intensas e ao uso de áreas inaptas para culturas anuais, constitui o principal fator desencadeador dos processos de degradação dos solos da região Sul do Brasil. Como meio de prevenção do problema, indicam-se técnicas como redução da intensidade de preparo, máxima cobertura de solo, cultivo de áreas aptas para culturas anuais e emprego de semeadura em contorno, associadas ao conjunto de práticas conservacionistas orientadas à prevenção da erosão hídrica.

Ensilagem

Ensilagem é um método de produção da silagem que se baseia na conservação de forragem para alimentação animal baseado na fermentação láctica da matéria vegetal durante a qual são produzidos ácido láctico e outros ácidos orgânicos, o que causa a diminuição do pH até valores inferiores a 5 e a criação de anaerobiose. A acidificação e a anaerobiose interrompem o processo de degradação da matéria orgânica, que assim fica conservada, retendo as qualidades nutritivas do material original melhor que o feno. A matéria orgânica utilizada é em geral proveniente dacolheita de plantações comerciais, usualmente leguminosas ou gramíneas, as quais são cortadas em pequenos fragmentos, os quais são armazenados em silos verticais ou trincheiras revestidas com plástico ou compactados em fardos herméticos revestidos por um filme de plástico hermético. O material resultante, designado também por silagem, é utilizado como alimento dos gados, em particular dos ruminantes, nas épocas de escassez de alimento natural.
Ficheiro:Sonsbeck - Mais 08 ies.jpg
Milho forrageiro picado e compactado no início do processo de ensilagem

Informações retiradas do site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Silagem

Fenação

Uma das formas de se estocar forragem é a utilização de técnicas de fenação que produzem o feno. O feno nada mais é do que a gramíneas ou leguminosas cortadas, secas e estocadas para posterior consumo dos animais.

Segundo Vilela (2009), o processo de fenação envolve retirada de grande quantidade de água da planta (O feno tem cerca de apenas 15% de umidade), portanto para se obter a produção de um feno de qualidade há pelo menos 2 condições necessárias: a forragem ser de boa qualidade (elevado valor nutritivo) e a secagem deve ser feita de forma que se perca o mínimo de nutrientes (geralmente quanto mais rápida for feita a secagem, melhor).
As etapas de produção do feno são as seguintes:
  • Ceifa: é o corte da forragem, que pode ser feito de forma mecanizada ou manual, depende da quantidade e dos recursos do produtor, deve ser realizada logo pela manhã;
  • Viragem: consiste do manuseio do material para que a maior parte possível seja exposto ao ambiente, de forma a expor a maior área possível da forragem para a secagem;
  • Enleiramento: consiste do “aglomeramento” do material que está secando para caso haja uma possível chuva ela não leve a forragem cortada;
Por fim pode ser feito o enfardamento para a posterior estocagem do feno.
Equipamentos utilizados na fenação:
  • Ceifadeira: é  um implemento agrícola que tem como função cortar através de suas facas a gramínea, são acoplados no trator;
  • Ancinho: outro implemento como função de formar as leiras;
  • Enfardadeira: existem diversos modelos no mercado e forma os fardos que é a forma que é estocado o feno.
Informações retiradas do site: http://www.infoescola.com/zootecnia/feno/

Feno

feno é uma mistura de plantas ceifadas e secas, geralmente gramíneas e leguminosas, usada como forragem para ogado, mediante a desidratração que retira a água mas mantendo o valor nutritivo e permitindo sua armazenagem por muito tempo sem se estragar.
Em quantidades pequenas o feno pode ser feito manualmente utilizando ferramentas como alfanjegarfo, enfardadeira manual, ou ainda estocar a produção a granel.
Em larga escala existem implementos que mecanizam o processo de fenação possibilitando a obtenção de um produto de boa qualidade e de custo baixo. No Brasil utiliza-se para a desidratação somente a energia do sol e vento, sem necessidade de galpões ou máquinas secadoras.
Os melhores fenos são obtidos dos capins que têm mais folhas do que talos, tais como o jaraguápangolaquicuio, estrela, coast-cross e rodes. Qualquer que seja o capim a ser fenado, a ceifa deve ocorrer quando a planta apresente o maior teor de nutrientes, com 35 a 45 dias de vegetação. Antes a planta tem umidade demais e depois fica excessivamente fibrosa, perdendo valor nutritivo.
Uso do Feno
Em períodos secos ou inverno a pastagem não fornece alimentação farta e qualidade. Visando manter a produtividade, os pecuaristas, utilizam o feno como recurso para manter a produtividade tanto de gado leiteiro quanto de corte.
O feno de melhor qualidade é aquele que provém de forragem cortada no ponto ideal e curada rapidamente, ideal para as categorias mais exigentes do rebanho. Quando "passada" ou toma chuva, o feno apresenta qualidade inferior e deve ser reservado às categorias menos exigentes do rebanho.
Em condições normais, 5 kg de feno por dia são suficientes para suplementar a alimentação de uma vaca adulta. Assim um produtor rural que consegue fenar todo o excedente de capim produzido na estação própria, além de garantir a alimentação de seu rebanho, pode vender o excesso para terceiros desde que tenha um produto de boa qualidade.

Informações retiradas do site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Feno