quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

História do Pinhão Manso

História da planta

Vários cientistas tentaram definir a origem do pinhão manso, mas sua origem é bastante controversa. Martin e Mayeux (1984) colocou o estado de Ceará no Brasil como um centro de origem, mas sem dar qualquer argumento.
Acredita-se que o pinhão manso proceda da América do Sul, possivelmente originária do Brasil, tendo sido introduzida por navegadores portugueses, em fins do século XVIII, nas ilhas de Cabo Verde e em Guiné, de onde mais tarde foi disseminada pelo continente africano.
No começo do século XIX era usado, em alguns países, para aumentar a ação purgativa do óleo de rícino, com o qual era misturado. Depois foi abandonado, pois sua ação purgativa é média. As sementes são comestíveis na opinião de alguns autores do passado, desde que se tenha a precaução de retirar o embrião, onde se encontra as propriedades drásticas enérgica. Na opinião do primerio médico brasileiro a estudar Plantas Tóxicas, Dr. J.R.Caminhoá o óleo de que tratamos pode substituir o de Croton tiglium, e em dose elevada produz graves alterações no tubo gastrointestinal, que se traduz em vômitos e dejeções abundantes, e podem ser seguidas de morte. (Tese de doutoramento apresentada pelo autor em 1871, Faculdade de Medicina da Bahia, "Plantas Tóxicas do Brasil").
Segundo o Dr. Miranda Azevedo uma criança de 6 anos que comeu alguns destes pinhões, apresentou depois de algum tempo vômitos, dejeções abundantes, pulso fraco e lento e suores abundantes. Segundo o Dr. Bernardo Francisco Justiniano, " o óleo é acre e produz vômitos abundantes, quando tomado em dose elevada, porém perde essa propriedade se for agitado com álcool".Externamente usa-se o suco espesso do tronco para curar ematomas ou feridas, ou seja, estende-se o suco fresco sobre uma mecha de algodão e aplica-se no local. Segundo os autores do passado seu efeito é o mesmo do esparadrapo.Na Índia usa-se este óleo em fricção nos dartros, reumatismo, e se prepara o ungüento com 2 partes de óleo e uma de banha, que também é usada para as hemorróidas.
Durante o primeiro a metade deste século era um produto de exportação importante das Ilhas de Cabo Verde. Quantias consideráveis de sementes do pinhão manso foram produzidas em Cabo Verde neste período e isto constituiu uma contribuição importante para a economia do país. Foram exportadas sementes para Lisboa e Marselha para extração de óleo e produção de sabão. Porém, a produção global de hoje é desprezível.
No passado o pinhão manso era bastante plantado nas divisas de sítios, para mangueirões de porcos, plantava-se um pé ao lado do outro, quando crescido fechava a linha e os porcos ficavam cercados, isto em São Paulo, Goiás e Minas Gerais. Atualmente em algumas localidades destas regiões encontramos algumas plantações. Era usado tambem para fazer sabão, triturando a semente. Usava-se tambem como remédio para prisão de ventre.
Em algumas regiões, o pinhão manso é considerado erva-daninha.
O nome Jatropha, deriva do grego iatrós (doutor) e trophé (comida), implicando as suas propiedades medicinais. curcas é o nome comum para o pinhão manso em Malabar, Índia.

Informações retiradas do site:http://www.pinhaomanso.com.br/pinhaomanso.html

PRÉ-MATRÍCULA 2016.1


Apresentações de TCC do curso Técnico em Agropecuária da EEEP Capelão Frei Orlando

No dia 17 de dezembro de 2015, apresentara no período da manhã os alunos estagiários do curso Técnico em Agropecuária, seus Trabalhos de Conclusão de Curso.



Outros Blogs realacionados à Agropecuária

Feita uma pesquisa em www.google.com.br, encontrou-se os seguintes blogs, com objetivos parecidos ano mesmo visitado agora. Os links são:
  • Blog da Agropecuária
http://www.blogdaagropecuaria.com.br
  • Técnicos em Agropecuária  
http://tecnicoemagropecuaria.blogspot.com.br/ 
  • Blog da Agropecuária
http://blogdaagropecuaria.blogspot.com.br/
  • Blog dos Representantes
http://blogdosrepresentantes.com/category/agropecuaria-agricola/
  • Blog Agroline
http://www.agroline.com.br/blog/

Embrapa orienta como usar água da chuva na criação de animais

A captação e o armazenamento da água de chuva é uma ótima alternativa para diminuir os problemas causados por estiagens severas na criação de animais em algumas épocas do ano. Para aproveitar essa água, a sugestão da Embrapa Suínos e Aves de Concórdia (SC), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é a construção de cisternas. Pensando em facilitar o trabalho dos produtores interessados em instalar cisternas em suas propriedades, a Embrapa publicou o documento "Aproveitamento da água da chuva na produção de suínos e aves".
 O armazenamento de água da chuva em cisternas é utilizado no Brasil há muito tempo, mas em Santa Catarina, a exemplo de outros estados e em virtude dos recentes períodos de estiagem, esta prática vem aumentando consideravelmente. As informações disponibilizadas pela Embrapa Suínos e Aves consideram dicas importantes de trabalhos realizados a campo. O documento mostra sugestões que podem orientar produtores ou técnicos no dimensionamento e construção de cisternas oferecendo aos animais água com qualidade.
Os interessados em instalar cisternas devem utilizar modelos e sugestões de construção que melhor se adaptem aos seus casos, principalmente em função da demanda de água na propriedade. As cisternas precisam receber os mesmos cuidados exigidos para as caixas d'água quanto a material e limpeza. É importante também que as primeiras águas coletadas da chuva sejam descartadas, porque elas arrastam as impurezas existentes nos telhados e nos encanamentos.
As vantagens no aproveitamento da água da chuva, além de combater a escassez de água em períodos de estiagem ou de maior demanda principalmente em regiões de produção intensiva de suínos e aves, são várias: reduz o consumo e o gasto com água potável na propriedade; é gratuita; evita a utilização de água potável na lavagem de pisos na suinocultura e na avicultura; e utiliza estruturas já existentes, como os telhados e as coberturas.
Para baixar gratuitamente o documento preparado pela Embrapa Suínos e Aves sobre o assunto, basta acessar o sitewww.cnpsa.embrapa.br e clicar nos links: Informações Técnico-Científicas -> Publicações -> Publicações da Série Embrapa -> Série Documentos -> DOC157 "Aproveitamento da água da chuva na produção de suínos e aves". Também é possível acessar a publicação diretamente no link www.cnpsa.embrapa.br/sgc/sgc_publicacoes/publicacao_v7r28u3f.pdf.

Lucas Scherer Cardoso (MTb/RS 10158)
Embrapa Suínos e Aves

Telefone: (49) 3441.0454
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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gestão da água

A Planta: Pinhão Manso - Jatropha curcas

 

Descrição

Nome científico: Jatropha curcas L.
Família botânica: Euphorbiaceae
Outos nomes populares: Pinhão-paraguaio, pinhão-de-purga, pinhão-de-cerca, purgante-de-cavalo, manduigaçu, mandubiguaçú, figo-do-inferno, purgueira, mandythygnaco, pinhão croá.
Honduras, El Salvador: Tempate
EUA: physic nut, purging nut, Barbados nut
França: médicinier, pignon d'Inde, purghère

O pinhão pertence à família das Euforbiáceas, a mesma da mamona e da mandioca. Segundo Cortesão (1956), os portugueses distinguem duas variedades, catártica medicinal, a mais dispersa no mundo, com amêndoas muito amargas e purgativas e a variedade árvore de coral, medicinal-de-espanha, árvores de nozes purgativas, com folhas eriçadas de pêlos glandulares que segregam látex, límpido, amargo, viscoso e muito cáustico.

É um arbusto grande, de crescimento rápido, cuja altura normal é dois a três metros, mas pode alcançar até cinco metros em condições especiais. O diâmetro do tronco é de aproximadamente 20 cm; possui raízes curtas e pouco ramificadas, caule liso, de lenho mole e medula desenvolvida mas pouco resistente; floema com longos canais que se estende até as raízes, nos quais circula o látex, suco leitoso que corre com abundância de qualquer ferimento. O tronco ou fuste é dividido desde a base, em compridos ramos, com numerosas cicatrizes produzidas pela queda das folhas na estação seca, as quais ressurgem logo após as primeiras chuvas (Cortesão, 1956; Brasil, 1985).
Ainda de acordo com Cortesão (1956) e Brasil (1985), as folhas do pinhão são verdes, esparsas e brilhantes, largas e alternas, em forma de palma com três a cinco lóbulos e pecioladas, com nervuras esbranquiçadas e salientes na face inferior. Floração monóica, apresentando na mesma planta, mas com sexo separado, flores masculinas, em maior número, nas extremidades das ramificações e femininas nas ramificações, as quais são amarelo-esverdeadas e diferencia-se pela ausência de pedúnculo articulado nas femininas que são largamente pedunculadas.

O fruto é capsular ovóide com diâmetro de 1,5 a 3,0 cm. É trilocular com uma semente em cada cavidade, formado por um pericarpo ou casca dura e lenhosa, indeiscente, inicialmente verde, passando a amarelo, castanho e por fim preto, quando atinge o estádio de maturação. Contém de 53 a 62% de sementes e de 38 a 47% de casca, pesando cada uma de 1,53 a 2,85 g.

A semente é relativamente grande; quando secas medem de 1,5 a 2 cm de comprimento e 1,0 a 1,3 cm de largura; tegumento rijo, quebradiço, de fratura resinosa. Debaixo do invólucro da semente existe uma película branca cobrindo a amêndoa; albúmen abundante, branco, oleaginoso, contendo o embrião provido de dois largos cotilédones achatados.

A semente de pinhão, que pesa de 0,551 a 0,797 g, pode ter, dependendo da variedade e dos tratos culturais, etc, de 33,7 a 45% de casca e de 55 a 66% de amêndoa. Nessas sementes, segundo a literatura, são encontradas ainda, 7,2% de água, 37,5% de óleo e 55,3% de açúcar, amido, albuminóides e materiais minerais, sendo 4,8% de cinzas e 4,2% de nitrogênio. Segundo Silveira (1934), cada semente contém 27,90 a 37,33% de óleo e na amêndoa se encontra de 5,5 a 7% de umidade e 52,54 a 61,72% de óleo. Para Braga (1976) as sementes de pinhão manso enceram de 25 a 40% de óleo inodoro e fácil de extrair por pressão. Segundo Peckolt (sd) este óleo, com peso específico a +19ºR = 0,9094 e poder calorífico superior a 9,350 kcal/kg (Brasil, 1985), é incolor, inodoro, muito fluído, porém deixa precipitar-se a frio e congela-se a alguns graus acima de zero; é solúvel na benzina e seus homólogos, insolúvel no álcool a 96 ºC e solúvel em água. Destrói-se a toxidez, aquecido a 100 ºC, em solução aquosa com apenas 15 min. de calor.

O Pinhão manso (Jatropha curcas L.) está sendo considerado uma opção agrícola para a região nordeste por ser uma espécie nativa, exigente em insolação e com forte resistência a seca. Atualmente, essa espécie não está sendo explorada comercialmente no Brasil, mas segundo Carnielli (2003) é uma planta oleaginosa viável para a obtenção do biodiesel, pois produz, no mínimo, duas toneladas de óleo por hectare, levando de três a quatro anos para atingir a idade produtiva, que pode se estender por 40 anos.

Com a possibilidade do uso do óleo do pinhão manso para a produção do biodiesel, abrem-se amplas perspectivas para o crescimento das áreas de plantio com esta cultura no semi-árido nordestino.

Para Purcino e Drummond (1986) o pinhão manso é uma planta produtora de óleo com todas as qualidades necessárias para ser transformado em óleo diesel. Além de perene e de fácil cultivo, apresenta boa conservação da semente colhida, podendo se tornar grande produtora de matéria prima como fonte opcional de combustível. Para estes autores, esta é uma cultura que pode se desenvolver nas pequenas propriedades, com a mão-de-obra familiar disponível, como acontece com a cultura da mamona, na Bahia, sendo mais uma fonte de renda para as propriedades rurais da Região Nordeste. Além disso, como é uma cultura perene, segundo Peixoto (1973), pode ser utilizado na conservação do solo, pois o cobre com uma camada de matéria seca, reduzindo, dessa forma, a erosão e a perda de água por evaporação, evitando enxurradas e enriquecendo o solo com matéria orgânica decomposta.

O plantio do pinhão já é tradicionalmente utilizado como cerca viva para pastos no Norte de Minas Gerais, com a vantagem de não ocupar áreas importantes para outras culturas e pastagens e favorecer o consórcio nos primeiros anos, pois o espaçamento entre plantas é grande (Purcino & Drummond, 1986).


 
Óleo de pinhão manso em comparação com óleo diesel
Parametro Diesel Biodiesel de pinhão manso
Energia (MJ/kg) 42.6 - 45.0 39.6 - 41.8
Spec. peso (15/40 °C) 0.84 - 0.85 0.91 - 0.92
Ponto de solidificação -14.0 2.0
Ponto de fulgor 80 110 - 240
Valor do cetano 47.8 51.0
Enxofre 1.0 - 1.2 0.13
 


Informações retiradas do site:http://www.pinhaomanso.com.br/pinhaomanso.html

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Projeto de Irrigação Alternativa do curso de Agropecuária da EEEP Capelão Frei Orlando ganha repercussão na mídia nacional


Projeto de Irrigação Alternativa com a utilização de palitos de pirulito, desenvolvido pelos alunos Amanda JotaErmosinda Colares e Rodrigo Fonseca do 3º ano do curso de Agropecuária da EEEP Capelão Frei Orlando ganha repecurssão na mídia nacional. 

A equipe da TV Verdes Mares esteve em Canindé nessa quinta-feira (dia 01/10) para fazer a reportagem sobre o projeto, que foi desenvolvido no Assentamento Monte Orebe. 

A reportagem será exibida no programa Globo Rural, possivelmente, no dia 11/10.


ALUNOS DE CANINDÉ CRIAM O PRIMEIRO CARNEIRO HIDRÁULICO ARTESANAL DO NORDESTE.


ALUNOS MOSTRAM A MANEIRA COM FUNCIONA O CARNEIRO HIDRÁULICO
Dois alunos da Escola de Ensino Profissionalizante de Canindé, Capelão Frei Orlando, que tem 20 horas de campo criaram um bomba de água de fácil execução que vai ajudar o produtor rural.

As peças podem ser compradas em loja de material de construção e o equipamento é capaz de jogar água a vários metros de distância.

Carneiro hidráulico é o nome dado a uma bomba d água muito útil para produtores dos Sertões de Canindé. Ela não usa gasolina, energia elétrica, diesel e pode ser montada artesanalmente. A REPORTAGEM DO C4 NOTÍCIAS DO POVO ON LINE, foi conhecer de perto a invenção dos estudantes.

O barulho parece à batida de um coração. Mas este é o som de uma bomba de água. Na localidade de MINADOR, no município de Canindé, a cerca de 20 km da sede, durante muito tempo, seu José Erivaldo viu a água do açude Caiçara sumir pelo consumo e a evaporação, enquanto suas plantações eram dizimadas pela falta de opção para puxar água que vinha de três cacimbões existentes na propriedade usados pela família.

‘’Devido à oscilação de energia, as bombas sempre apresentavam defeito, ‘’queimavam’’ por conta da queda de energia elétrica. Foi a partir daí que passamos a pesquisar uma forma de ajudar o agricultor a evitar novos prejuízos e criamos o carneiro hidráulico adaptado à realidade do semiárido’’, explica o aluno do 3º ano agropecuário Francisco Marcelo.

MARCELO E CAMILA EXPLICAM COMO FUNCIONA O CARNEIRO HIDRÁULICO
"Chama carneiro hidráulico artesanal porque na Idade Média, os soldados, para derrubar os portões das fortalezas, eles utilizavam uma tora de madeira com uma cabeça de metal ou de madeira mesmo, no formato de um carneiro. E esse golpe é o mesmo que o animal carneiro dá quando ele bate em alguma coisa", explica Maria Camila.

O carneiro hidráulico funciona assim:

A água desce do reservatório por uma tubulação grossa. Entra no carneiro e aciona a peça martelo, que dá um golpe que fecha a passagem da água. Parte dela vaza pra natureza, outra parte é forçada de volta e encontra a pressão da água que chega do reservatório. Resta apenas uma saída, subir para a câmara cheia de ar. Mas chega um momento em que o ar comprimido ali dentro pressiona a água, que sai por uma tubulação mais estreita e é lançada para um ponto mais distante e mais alto.

“Basicamente precisa de no mínimo um metro de desnível. Teoricamente pra cada metro de desnível da área de captação até o carneiro. Ela impulsiona os dez metros de altura”, conta Camila aluna que criou a ideia de montar a peça com Marcelo.

Erivaldo ficou satisfeito com o resultado. “Essa bomba no caso bombeia por 13,5 h vai bombear cinco mil litros pro reservatório que faz funcionar e segue o curso normal pra natureza...”, afirma ele.

Segundo a aluna, a capacidade é de bombear 378 litros por hora. A água vai cair no tanque e abastecer o cocho dos animais, o sistema de irrigação da horta e até a mangueira pra regar o jardim.

Segundo os alunos, levar a água de um ponto a outro é um problema comum nas propriedades. “Quase toda propriedade tem um açude, mas nesse período se encontra seco. E com esse carneiro, eles podem usar a água da propriedade sem custo nenhum”.

Erivaldo é o primeiro agricultor do Nordeste a receber o benefício. É um equipamento muito simples feito apenas com peças compradas em loja de material de construção.

Entre as peças existem também umas curiosas. As bombas de sucção. São três peças que ajudam na pressão da água, de forma automática que abrem no vai e vem gerando a pancada ao som de tec.tec.tec. É o coração do carneiro, sem ela o carneiro não funciona.

“Esta mola é o coração do carneiro. Sem esta mola o carneiro não funciona. Adjunção dela é simplesmente fazer com que a válvula de sucção feche interrompendo a passagem da água. Fazendo que ocorra aquele golpe", explicam.

Marcelo e Camila explicam do que depende a escolha da mola: “D instância... quanto mais longe e quanto mais desnível, mais dura tem que ser a mola. Se for até 2 metros de desnível a mola funciona perfeitamente.

Para começar a montagem, eles rosqueiam um parafuso 5x16, em válvulas de sucção de uma polegada cada. Apertam as porcas e encaixam as molas.

Com a válvula pronta eles vão montando as outras partes. Todas as peças têm que ser unidas com a fita veda rosca.

O cano que vai captar a água já está com vários furos e é protegido por uma rede pra evitar entupimento. Esticam o cano até um ponto mais baixo pra instalar o carneiro
e o serviço fica pronto em menos de uma hora. Eles aproveitam pra mostrar mais uma adaptação que criaram: um cano para dar a pressão interna dentro do cano, que substitui a garrafa pet. Ele é melhor que garrafa pet porque ela cria um limo na luminosidade do sol e o cano por ser opaco não fazem a formação e a água sai com uma boa qualidade.

Um ajuste no parafuso e começa a funcionar.

Para quem duvidava da eficiência pela simplicidade do equipamento, construído por Marcelo e Camila já vislumbra os benefícios.

“Vai ser bom pra levar água pro gado, cuidar da irrigação do plantio de cana de açúcar. Nós levamos pra onde nós quisermos essa água aqui agora”, diz ele.

Para Erivaldo, que trabalha com agroecologia, o barulho da bomba, além de ser bom pra propriedade, faz bem até pra alma. “Eu fico meditando aqui. Só o barulhinho da água faz muito bem pra gente. Ele já aproveita a água para irrigar cana, capim, mamão, milho, feijão, maracujá e verduras”.


O preço de um carneiro hidráulico industrial de metal, dependendo do tamanho, varia de R$ 600 a R$ 1.800. Já este artesanal, sai por R$170.

“Essa bomba usa somente energia da água, com a gravidade, então precisa basicamente ter três coisas: volume de água, peso e velocidade (que se dá pela distância da captação até o 'carneiro'). A água percorre por um cano, sempre em descendente, e quando ela sofre uma interrupção surge essa força interna dentro dos canos (uma pressão muito grande dentro dos canos), que repercute numa pressão suficiente para levar a água para cima. Se tiver dois metros de desnível da captação até o carneiro, tem a possibilidade de jogar até 20 metros de altura numa distância de 200 metros”, explica Francisco Marcelo.

"O carneiro industrial é muito bom. O único detalhe dele que é ruim é que ele é todo de metal, então a água não fica de uma boa qualidade quando for usado para consumo humano. Esse que é a gente monta é de PVC, então não enferruja. Outra diferença é o peso. O outro (industrial) tem uma média de 30 a 35 quilos, e esse aqui tem entre 1,5 kg e 2,0 kg. É de fácil manuseio e muito fácil de lidar. A forma de aproveitar uma água na propriedade sem gastar energia e combustível é utilizando esse 'carneiro'. Não agride o meio ambiente, não contamina, não polui, é barato, leve, de fácil manuseio e a manutenção é muito pequena. Então é uma forma sustentável de se captar água. Muito prático. No início pode parecer um pouco complicado para montar e fazer a regulagem, mas depois fica muito simples”, ensina Maria Camila. 

MARIA CAMILA FAZ AJUSTES NO CANO QUE DESCE PARA O CARNEIRO HIDRÁULICO

AJUSTES NO CARNEIRO HIDRÁULICO
             CRIAÇÃO DOS ALUNOS DE CANINDÉ É SUCESSO NO SERTÃO

CAMILA VERIFICA BOMBA DE SUCÇÃO DO CARNEIRO


MARCELO MOSTRA O CARNEIRO FUNCIONANDO


CAMILA TESTA BOMBA DE SUCÇÃO


ALUNOS TESTAM SE A CAIXA ESTÁ CHEIA

CARNEIRO HIDRÁULICO EM PLENO FUNCIONAMENTO

FOTOS E TEXTO DE ANTÔNIO CARLOS ALVES